A série Craviola traz um ícone da Giannini, a Craviola, agora totalmente produzida no Brasil, com madeiras e mão de obra nacionais!
Um dos novos modelos da série é CRA 1VS CEQ NS, uma viola craviola eletroacústica de 10 cordas aço, 36″, com tampo em Marupá maciço; lateral, fundo e braço em Cedro Brasileiro, escala em Pau-Ferro e equalizador de 3 bandas.
As madeiras
Marupá
Apresenta ótima velocidade do som, e timbre articulado, com médios dominantes (ou seja, bons agudos e graves balanceados). Usado como substituto do Pinho em tampos de instrumentos acústicos, e de Maple ou Poplar em corpos maciços. Por ser uma árvore típica das matas de várzea, o Marupá é comum de ser encontrado na região Amazônica. Com baixas densidade e granulação, sem veios aparentes (predominância branco-amarelada em sua coloração), textura de média a grossa, é fácil de ser trabalhada, seca rapidamente e permite um bom acabamento.
Cedro Brasileiro
Bastante utilizado em instrumentos maciços, por sua leveza e estabilidade. O som proporcionado pelo Cedro Brasileiro caracteriza-se pelo timbre mais grave e aveludado, ótima definição do brilho (por ser pouco resinoso), boa projeção e sustain. Madeira natural de florestas abertas e campos de clima quente/úmido, com larga distribuição na região Norte, principalmente nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Rondônia. Possui densidade baixa, textura de média a grossa, cor bege-rosado, e veios formando desenhos regulares suaves.
Pau-Ferro
Usado em instrumentos acústicos e na elaboração de escalas e cavaletes. Produz peças com boa sonoridade, belo acabamento e excelente sustain, de timbre mais brilhante que o Jacarandá, mas que consegue reter o calor pelo qual esta última é celebrada. Sua cor varia entre o pardo-claro-amarelado ao pardo-acastanhado, com veios escuros formando desenhos irregulares característicos e exóticos. Conhecido pela rigidez, moderadamente leve e muito durável, o Pau-Ferro é encontrado em Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Paraná.
História da Craviola
Com um shape diferenciado e sonoridade única, a Craviola Giannini ganhou o mundo e arrebanhou fãs ao redor do globo. Tudo começou com uma simples ideia, como afirmou Paulinho Nogueira, “Eu mesmo antes de tocar violão já gostava muito de desenhar. Eu cheguei até a ganhar um prêmio no Salão da Primavera em Campinas, de tanto que eu gostava de pintar. Então, depois que eu tomei outro rumo e passei a ser músico, violonista, me deu uma ideia de fazer um violão que fosse desenhado por mim. Eu fiz alguns desenhos e como era muito amigo do Giannini, o fabricante de violão, levei pra ele que achou a ideia ótima. Então, para resumir a história, a craviola foi exportada para os Estados Unidos, Canadá e Inglaterra. O Luís Bonfá, por exemplo, gravou um LP naquela época só com a craviola. Isso me deu muita satisfação. É um violão com uma forma diferente.”
A Craviola é um produto exclusivo da Giannini, patenteado internacionalmente. O nome do instrumento só nasceu após a construção do primeiro protótipo. Como não tinha ideia de que tipo de alteração sonora a forma inusitada proporcionaria, Paulinho só notou que o som era único após tocar o primeiro modelo “Eu só fui ter essa noção mesmo depois que ela ficou pronta. Como parecia um pouco do som de cravo e um pouco de viola, nasceu o nome evidente. Nos Estados Unidos eles gostaram muito desse nome, caiu bem para eles.”
Professor de violão notoriamente reconhecido, Paulinho Nogueira lecionou por muitos anos e escreveu métodos que são usados até hoje por muitas escolas. Entre seus mais famosos alunos estão Toquinho, Chico Buarque e Vinícius de Moraes. Gravou vários discos, lançados no Brasil e no exterior. Muitos músicos se apaixonaram pela e ajudaram a consolidar sua fama e sua identidade em vários estilos musicais. Entre os mais famosos podemos citar: Jimmy Page (Led Zeppelin), José Feliciano, Andy Summers (The Police), Luis Bonfá, Bill Winters, Linda Perry (4 Non Blondes), Wander Taffo, Evandro Mesquita, Frejat, entre muitos outros.